sábado, outubro 27, 2007

Irresponsabilidades economistas e Desenvolvimento Sustentado

Vi num sábado á tarde um final de uma entrevista num programa económico deum representante da produção de celulose em Portugal e fiquei pasmado... Ouvi falar de uma necessidade de aumentar a produção de eucaliptos em Portugal para competir com países em desenvolvimento (considerado 3º mundo, nomeadamente o Brasil)e o jornalista, que supostamente deveria levantar os senões.ão só concordava como sugeria num sentido de racionalidade, como se fosse óbvio, salientando até entraves do governo por não conceder reservas agricolas para plantar eucalipto, isto quando o tal representate da industria celulose dizia que seria melhor plantar eucaliptos do que deixar crescer mata, como até forma de prevenir incêndio. Como?!
Em primeiro lugar, o aumento exponêncial da produção de eucaliptos no Brasil, apesar de gerar fortunas aos empresários, tem causados grandes perturbações ambientais, levanto ao surgimento de doenças emergentes, nomeadamente, a Raiva (zoonose). Perda de estrutura dos solos, desaparecimento de fauna natural, verdadeiros desertos de eucaliptos, onde não existe praticamente vida para além das referidas árvores. É isto que os nossos grandes economistas querem?
Como os eucaliptos impedem os incêndios?... Segundo parece, estas arvores até são boas para arder. Só se o facto de aquelas árvores, terem valor financeiro, haverá maior cuidado e vigilância. Então segundo eles, vamos acabar com toda estrutural natural, a que ainda resta do passado.
Cito o exemplo do pinheiro. As grandes florestas do centro só existem depois da Idade Média. Os esquilos estariam extintos em Portugal devido a uma supostamente limpeza de Eucaliptos (naturais) no Norte, tendo como consequência, para uma série de predadores.
Não se deve de uma hora para a outra transformar uma diversidade de vida num espaço em monoculturas, porque esta diversidade é nada mais do que equilíbrio do próprio espaço, sem isso ele tende a ser no fundo um espaço morto. E isto pode ter sérias consequências muito graves para sobrevivência, até da nossa espécie! Cito como exemplo a ilha da Páscoa e regiões no médio oriente, que eram regiões prósperas e que desvastaram os recursos naturais e se extinguiram civilizações.
Se existe uma necessidade económica de recursos naturais, ela deverá ser feita em proporção da capacidade da estrutura de regenerar. Um solo no alentejo tem por exemplo uma capacidade produtiva e de regenerarção (adquirir a mesma estrutura antes de ser alterada) que um região no Minho.
O eucalipto está adaptádo a situações extremas. Desertos com muito calor e muita pouca água, tem uma capacidade inapta a sobreviver e desenvolver-se no objetivo de captar o máximo de água e manter... O único animal que sobrevive dela é o Quala, cujas subtâncias tóxicas da planta não o afetam. As arvores naturais daqui, umas estão adaptadas a ter mais água e ter maior diversidade de animais, de portadores de sementes. São em geral mais aptas a ter frutos e sementes nutritivas diversos animais. Outras, têm um crescimento têm baixa capacidade de desenvolvimento. O eucalipto tem obviomente mais recursos em crescer, principalmente em países com muito sol. Consegue absorver toda a água existente, ganha a competição de sobrevivência com as espécies daqui. que consequências terá no valor nutritivo do solo? Isso gostaria de ver esclarecido? Mas parece que não interessa para os senhores do governo, nem para a produção de um programa de uma televisão pública. E isso não é normal.
Que interessa o futuro? Ou de irão ter as gerações no futuro para terem um ambiente saudável, fonte do verdadeiro bem estar?

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